Mato Grosso
Janaina Riva sai do MDB em caso de apoio a Lula
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A deputada estadual Janaina Riva, que foi reconduzida ao cargo nas eleições deste ano, afirmou que pode deixar o MDB. O motivo seria a aliança que tende a se firmar entre a legenda e o governo federal sob a liderança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nos últimos meses, por ser vice-presidente do MDB, se comentou sobre a possibilidade da parlamentar assumir o comando da legenda, uma vez que o atual presidente estadual, deputado federal Carlos Bezerra, não foi reeleito e haveria um movimento natural de oxigenação da liderança do partido. Ela, porém, afirma que pode ser que nem permaneça na legenda.
Fui eleita com uma postura de centro-direita. Acho incompatível com meu discurso me alinhar com a esquerda. Mato Grosso é e sempre foi de direita. Não vou mudar depois de eleita, disse a parlamentar.
A tendência é que o MDB, que teve Simone Tebet como candidata à presidência da República, faça parte da gestão Lula, tendo em vista a liderança dela. O MDB, além de almejar Tebet para em uma pasta na área social, também mira o Ministério de Minas e Energia para o senador eleito Renan Filho (AL).
Após a eleição de Lula, parte da legenda tem demonstrado apoio público ao petista dentro do Congresso. Isnaldo Bulhões, líder da sigla na Câmara, afirma que é possível votar a PEC fura-teto no prazo e sem mudanças em relação ao texto aprovado no Senado.
Carlos Bezerra foi procurado pela reportagem e disse não ter conhecimento da situação e que pretende conversar com Janaina. Não fui informado disso ainda, pra mim é novidade, mas podemos conversar e resolver.
Caso a deputada deixe o MDB, a tendência é que siga para o PL, partido de Jair Bolsonaro e também de seu sogro, o senador reeleito, Wellington Fagundes. O presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, já anunciou que o partido fará oposição ao governo do presidente eleito. O PL apoiou Lula e esteve na base de apoio do petista quando ele foi presidente, entre 2003 e 2010.
No Estado, o PL não é totalmente da base do governador Mauro Mendes (União) apesar da dobradinha entre ele e Fagundes na última eleição. Alguns membros da legenda não são 100% simpáticos à gestão.
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